terça-feira, 6 de abril de 2010

Broa e queijo de cabra

Os hipermercados populam pelas vilas do interior do meu País. Eu, Lisboeta com terra, quando lá vou, podendo dispôr de uns euros para adquirir umas amendoas ou uns folares, é fácil para mim fazer boa figura e contribuir para a continuação dos empregos dos locais nessas zonas comerciais. Para oferecer aos de lá, claro. Porque para trazer, da terra, alguma coisa para oferecer aos meus de Lisboa, nicles!
Depois a velha e sábia frase: *levarás? trazeráz!!!*. Por isso, o que depois recebo, não há euros que comprem ou paguem. Não há à venda em lojas nem em supermercados, nem em bancas nas feiras semanais. Não há artesanato nesta parte da Serra da Lousã, no Concelho de Góis, a não ser o Mel, mas que já no final das férias de Verão fiz dele ofertas.
Concluo que existem mãos dos que ainda sabem fazer as coisas, mas que só produzem para casa, para os seus e para os amigos.
Uma broa e um queijo de cabra da minha prima Lídia, a quem, a custo, consegui arrancar um sorriso para esta foto. Onde encontrar estes dois sabores? Em nenhures.
Que consigas com teu Marido Antero, continuar a amassar broa e a coalhar leite das cabras por muitos mais anos.
Já não há geração que vos substitua nestas lides.
Bem-hajam.
Posted by Picasa

2 comentários:

  1. Pois é Guidinha, o campo nos reserva - sempre - delícias surpreendentes!
    E não há euros nem reais que as remunere à altura. Somente o prazer de desfrut´-las.
    Bela postagem. Um beijo!

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  2. Obrigada pelo seu comentário Dalton. Não há vida como a do campo, lembrando um amigo ido antes do tempo.
    Fique bem.

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